“Tromba D’Água” aconteceu no Sesc São Gonçalo, entre 15 de junho e 1 de setembro de 2024 com curadoria de Ana Carla Soler, Carolina Rodrigues e Francela Carrera. A mostra, que tem realização do Instituto Artistas Latinas, reúne as elaborações de oito artistas mulheres latino-americanas sobre a força e a potência das águas, entendendo a coletividade enquanto catalisadora de transformações, apresentando 20 obras que ocuparão a Galeria da instituição. Formam a diretoria de artistas Alice Yura, Azizi Cypriano, Guilhermina Augusti, Luna Bastos, Roberta Holiday e Thais Iroko, do Brasil, a guatemalteca Marilyn Boror Bor e a argentina Natália Forcada.
As obras abordam assuntos ligados à espiritualidade, ancestralidade e à relação do feminino com a natureza. A temática gira em torno da coletividade e suas potências, partindo da ideia de afluência das águas para discutir questões sociais e de gênero que perpassam as vivências da América Latina. A partir da força soberana das águas, que se assemelha ao papel do sol para os planetas. As águas estruturam sociedades, fornecem recursos vitais e revelam a fragilidade daqueles que tentam controlá-las. O fenômeno da tromba d’água, seja nos oceanos ou rios, cria uma conexão entre o mar, o céu, os rios e a terra, destacando o poder intrínseco das águas em sua ação transformadora e muitas vezes imprevisível.
O projeto visa não apenas promover reflexões sobre justiça climática e ações de preservação ambiental, mas também proporcionar espaços de diálogo e educação por meio de oficinas e atividades complementares. “Aqui, as artistas apresentam propostas que ignoram os obstáculos que poderiam limitar suas agências e abrem os caminhos que um dia estiveram obstruídos”, reforçam as curadoras Ana Carla Soler, Carolina Rodrigues e Francela Carrera.
Um dos destaques da exposição é um mural inédito, intitulado “A água me contou muitos segredos”, com 10,35 metros de largura, pintado pela artista Luna Bastos.