“Habitar Pós-Futuros” é a primeira exposição individual de Juliana Brandão, artista multidisciplinar, que atua em diferentes linguagens, com destaque para o tridimensional e o uso de tecnologia. Em esculturas e videoinstalações, acionadas por sensores de movimento, plantas rebentam dentro de casa, móveis são tomados por musgos e folhagens, o assoalho respira, sons de animais ecoam de ruínas, como se a natureza tomasse de volta o que lhe pertence. Em sua pesquisa, a artista investiga o conceito de lar como algo que vai além do espaço físico, entrelaçando memórias, vivências e projeções de futuros possíveis. Habitar, em sua poética, torna-se um ato de resiliência e reinvenção. Como um organismo vivo, a casa adapta-se aos ciclos de vida, morte e renascimento. “Para mim, o fim do mundo é um recomeço. A vida continuará existindo, mas de outras formas”, explica a artista, mestranda em Poéticas Visuais pela Unicamp e professora na Escola Panamericana de Arte e Design, em São Paulo.
Outro destaque do trabalho de Juliana Brandão é o jeito pouco usual de utilizar os recursos tecnológicos na arte. Com a ajuda de motores, altofalantes, computadores e ferramentas de inteligência artificial, a artista fala da relação de interdependência entre o homem e as espécies do planeta, com base em questões do antropoceno. “Em sua obra, a tecnologia é usada para provocar, nos ajudando a repensar nossa existência e os modos como atuamos no planeta”, diz a curadora. Completando 50 anos de existência, a Pinacoteca de São Bernardo do Campo é o maior espaço de exposição permanente de arte contemporânea da região do ABC.








Exposição de arte contemporânea
Título: Habitar Pós-futuros
Artista: Juliana Brandão
Curadoria: Ana Carla Soler
Data: de 27 de setembro até 29 de novembro de 2025
Local: Pinacoteca de São Bernardo do Campo
Endereço: R. Kara, 105 – Jardim do Mar, São Bernardo do Campo – SP
Entrada franca